Crescer entre lentes, câmeras, filmes, flashs e refletores já seria o suficiente para influenciar qualquer criança a seguir a carreira fotográfica, principalmente quando se tem na família grandes exemplos de força de vontade e profissionalismo. E assim foi com Adja Fernanda, que, com 31 anos, já carrega uma bagagem enorme de sabedoria, conhecimento, e da sua determinação de transformar sua brincadeira de criança em profissão.

                Ela lembra que sempre foi muito curiosa e que, desde criança, demonstrava familiaridade com a câmera fotográfica. Colocar e retirar o filme da bobina era uma das suas brincadeiras favoritas.  Apesar disso, Adja garante que não pensava em seguir pelo mesmo caminho do pai, o fotógrafo Argentino Belmiro. O interesse pela fotografia aconteceu de forma natural. “Eu brincava de fotógrafa nos eventos da família e demonstrava interesse pela funcionalidade da câmera. Meu pai percebeu isso e me convidou para cobrir as festas junto com ele. Depois de um tempo, vi aquela oportunidade como crescimento pessoal e, principalmente, profissional”, conta.

                Apesar da familiaridade com a imagem, Adja queria entender mais deste universo e decidiu expandir seus horizontes, passando a participar de cursos e workshops em São Paulo e ficar atualizada das novidades do mercado. Aos poucos, os cursos foram despertando nela o desejo de investir cada vez mais nesta área. ”Eu fiz o caminho inverso da maioria dos fotógrafos. A parte prática eu já conhecia, por isso precisei entender a teoria para me envolver totalmente pela fotografia e mergulhar de cabeça no meu sonho”, revela.

                A empatia com a profissão fez com que ela sentisse a necessidade de trabalhar a fotografia de uma forma mais artística, na qual pudesse contar histórias com veracidade e apresentar um diferencial ao mercado. “Procuro fazer um trabalho exclusivo, sem abandonar a essência fotográfica, que é transmitir a mensagem de cada momento”, comenta. Com esse objetivo, ela decidiu trabalhar com fotografias de estúdio e foi bastante criteriosa na seleção dos parceiros com quem trabalharia. As escolhas deram tão certo, que ela permanece até hoje com os mesmos fornecedores de quando inaugurou o Estúdio A Fotografia, todos fazem partem da sua caminhada, somando assim com a sua equipe de trabalho “Não tenho colegas de trabalho, tenho uma grande família”, ressalta.

                Para Adja, é mais prazeroso trabalhar com o que realmente se ama. Mas isso não significa dizer que tudo é sempre fácil. Pelo contrário, “hoje, é muito fácil começar a fotografar, o difícil é se manter na área.